Olá Professora Raquel!
Meu nome é César Castilho e, em primeiro lugar, gostaria de lhe parabenizar pelo trabalho coeso e importante que vc vem desenvolvendo. Estou inciando meu doutorado na França, na Paris 11, e o tema central é o impacto social dos grandes eventos esportivos, no caso, a Copa e os Jogos Olímpicos que serão realizados no Brasil. Faço parte de um grupo de pesquisas com a coordenação do Prof. Dominique Charier que se chama “Sports, Politics et Transformations Sociales”. Gostaria de saber se existe a possibilidade de realizar um entrevista com vc a respeito dessa temática. Podemos fazer pelo skype ou, quem sabe, quando eu estiver no Brasil. Se puder me enviar o seu email, envio maiores detalhes para vc. Agradeço a disponibilidade e parabéns pelo trabalho!
Meu email é; castcesarster@gmail.com e Skype: castcesar
quando se inicia uma pesquisa em relaçao ao tema, percebe se que a questao e muito profunda, a negligencia evidenicia a atual situaçao em que esta o estado Sao Paulo se encontra.
e necessario politicas publicas para que se amenizem as consequencias a populaçao.
Entendo que a calçada é o espaço sagrado, reservado exclusivamente para os pedestres. E que essa matéria deve ser disciplinada através de Lei Federal, visto tratar-se de um direito de todos os cidadãos brasileiros.
Sou Prof. Dr. da UNESP, FAAC, Depato de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo e venho participando do processo participativo da Comunidade de Ermelino Matarazzo e bairros da zona leste, para revisão da lei de zoneamento da cidade de São Paulo. Acontece que desde novembro de 2014 a comunidade fez diversas ações participativas definindo propostas para a SMDU, todas registradas e encaminhadas dentro das formalidades e obrigações legais estipuladas, apoiadas na Lei 10257/2001 – Estatuto da Cidade que obriga os gestores públicos a considerarem os interesses da comunidade nos processos participativos de planejamento urbano. No entanto as propostas daquela comunidade de Ermelino Matarazzo não foram contempladas, especialmente no que tange á modificação da zona de uso que permita à necessidade de requalificação e restauro de parte das edificações da Industria Matarazzo, que é patrimônio social e cultural, material e imaterial do bairro, e que foi a razão do próprio nome do Bairro.
Assim, estou encaminhando para seu conhecimento um artigo que enviei ao Jornal Estadão ( a ser publicado) em nome daquela comunidade e com a responsabilidade como pesquisador, extensionista e professor da área de arquitetura e urbanismo, pedindo posicionamentos claros dos órgãos: SMDU, Conselho do Município, CAUSP, CONDEPHAAT, IPHAN E DO PRÓPRIO MINISTÉRIO PÚBLICO SOBRE A PERDA EMINENTE DAQUELE PATRIMÔNIO QUE DEU NOME AO PRÓPRIO BAIRRO.
FICO à DISPOSIÇÃO PARA MAIORES DETALHES.
SEGUE O ARTIGO
A SMDU Vai trocar o nome do nosso Bairro?
Foi com grande apreensão que toda a comunidade de Ermelino Matarazzo realizou na noite de 22 de maio, mais uma etapa de debates participativos para convencer a SMDU a dar o destino correto que a população deseja para os antigos prédios da Indústria Matarazzo e propondo alterações da lei de zoneamento para aquela área histórica e cultural que deu o próprio nome ao bairro.
Aquela comunidade realizou com apoio metodológico da UNESP, desde novembro de 2014, várias etapas de consultas populares e debates sobre as possibilidades de alterações da lei de zoneamento da região, conforme estabelece os direitos constitucionais e Estatuto da Cidade, que obrigam os gestores a respeitarem o processo participativo, sob o risco de questionamentos jurídicos e de falta de legitimidade do processo de planejamento urbano.
Contudo, as propostas debatidas, levadas para as oficinas regionais, cadastradas no site da prefeitura e novamente levadas para debate nas devolutivas oficiais da SMDU, não foram contempladas. Particularmente a população participante se sente prejudicada em ficar sabendo que apesar das suas formulações de programa para o bairro e para requalificação e restauro de parte das edificações históricas da antiga Indústria Matarazzo, estas poderão ser destruídas sem respeitar o seu significado histórico, social, cultural, portanto de patrimônio material e imaterial de formação da própria identidade do bairro.
O que se constatou em fala de representante da SMDU no dia 22, foi que “existe um pacto” entre Prefeitura e Câmara para aprovação do Plano Diretor, mas que este parece não contemplar os interesses específicos daquela comunidade. Fato, ao que parece que transforma o direito de participação em manipulação daquela gente.
Assim, carece-se de esclarecimentos e aprofundamentos, para o qual sente-se a necessidade de posição da SMDU, Conselho da Cidade, CAUSP, CONDEPHAAT, IPHAN e do Próprio Ministério Público, buscando preservar o direito efetivo dos cidadãos de participação e preservação da sua memória. Caso contrário e se houver a destruição eminente daquele patrimônio, que então se mude também o nome do bairro… Talvez do Significativo Ermelino Matarazzo para algo como “JAZADADE”.
Prof. Dr. José Xaides de Sampaio Alves – FAAC-UNESP
Morador de Ermelino entre 1979 a 1988
Coordenador de projeto da UNESP no Atelier de Projetos Urbanos da SMDU.
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Olá Professora Raquel!
Meu nome é César Castilho e, em primeiro lugar, gostaria de lhe parabenizar pelo trabalho coeso e importante que vc vem desenvolvendo. Estou inciando meu doutorado na França, na Paris 11, e o tema central é o impacto social dos grandes eventos esportivos, no caso, a Copa e os Jogos Olímpicos que serão realizados no Brasil. Faço parte de um grupo de pesquisas com a coordenação do Prof. Dominique Charier que se chama “Sports, Politics et Transformations Sociales”. Gostaria de saber se existe a possibilidade de realizar um entrevista com vc a respeito dessa temática. Podemos fazer pelo skype ou, quem sabe, quando eu estiver no Brasil. Se puder me enviar o seu email, envio maiores detalhes para vc. Agradeço a disponibilidade e parabéns pelo trabalho!
Meu email é; castcesarster@gmail.com e Skype: castcesar
quando se inicia uma pesquisa em relaçao ao tema, percebe se que a questao e muito profunda, a negligencia evidenicia a atual situaçao em que esta o estado Sao Paulo se encontra.
e necessario politicas publicas para que se amenizem as consequencias a populaçao.
Entendo que a calçada é o espaço sagrado, reservado exclusivamente para os pedestres. E que essa matéria deve ser disciplinada através de Lei Federal, visto tratar-se de um direito de todos os cidadãos brasileiros.
Prezada Dra Raquel Rolnik.
Sou Prof. Dr. da UNESP, FAAC, Depato de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo e venho participando do processo participativo da Comunidade de Ermelino Matarazzo e bairros da zona leste, para revisão da lei de zoneamento da cidade de São Paulo. Acontece que desde novembro de 2014 a comunidade fez diversas ações participativas definindo propostas para a SMDU, todas registradas e encaminhadas dentro das formalidades e obrigações legais estipuladas, apoiadas na Lei 10257/2001 – Estatuto da Cidade que obriga os gestores públicos a considerarem os interesses da comunidade nos processos participativos de planejamento urbano. No entanto as propostas daquela comunidade de Ermelino Matarazzo não foram contempladas, especialmente no que tange á modificação da zona de uso que permita à necessidade de requalificação e restauro de parte das edificações da Industria Matarazzo, que é patrimônio social e cultural, material e imaterial do bairro, e que foi a razão do próprio nome do Bairro.
Assim, estou encaminhando para seu conhecimento um artigo que enviei ao Jornal Estadão ( a ser publicado) em nome daquela comunidade e com a responsabilidade como pesquisador, extensionista e professor da área de arquitetura e urbanismo, pedindo posicionamentos claros dos órgãos: SMDU, Conselho do Município, CAUSP, CONDEPHAAT, IPHAN E DO PRÓPRIO MINISTÉRIO PÚBLICO SOBRE A PERDA EMINENTE DAQUELE PATRIMÔNIO QUE DEU NOME AO PRÓPRIO BAIRRO.
FICO à DISPOSIÇÃO PARA MAIORES DETALHES.
SEGUE O ARTIGO
A SMDU Vai trocar o nome do nosso Bairro?
Foi com grande apreensão que toda a comunidade de Ermelino Matarazzo realizou na noite de 22 de maio, mais uma etapa de debates participativos para convencer a SMDU a dar o destino correto que a população deseja para os antigos prédios da Indústria Matarazzo e propondo alterações da lei de zoneamento para aquela área histórica e cultural que deu o próprio nome ao bairro.
Aquela comunidade realizou com apoio metodológico da UNESP, desde novembro de 2014, várias etapas de consultas populares e debates sobre as possibilidades de alterações da lei de zoneamento da região, conforme estabelece os direitos constitucionais e Estatuto da Cidade, que obrigam os gestores a respeitarem o processo participativo, sob o risco de questionamentos jurídicos e de falta de legitimidade do processo de planejamento urbano.
Contudo, as propostas debatidas, levadas para as oficinas regionais, cadastradas no site da prefeitura e novamente levadas para debate nas devolutivas oficiais da SMDU, não foram contempladas. Particularmente a população participante se sente prejudicada em ficar sabendo que apesar das suas formulações de programa para o bairro e para requalificação e restauro de parte das edificações históricas da antiga Indústria Matarazzo, estas poderão ser destruídas sem respeitar o seu significado histórico, social, cultural, portanto de patrimônio material e imaterial de formação da própria identidade do bairro.
O que se constatou em fala de representante da SMDU no dia 22, foi que “existe um pacto” entre Prefeitura e Câmara para aprovação do Plano Diretor, mas que este parece não contemplar os interesses específicos daquela comunidade. Fato, ao que parece que transforma o direito de participação em manipulação daquela gente.
Assim, carece-se de esclarecimentos e aprofundamentos, para o qual sente-se a necessidade de posição da SMDU, Conselho da Cidade, CAUSP, CONDEPHAAT, IPHAN e do Próprio Ministério Público, buscando preservar o direito efetivo dos cidadãos de participação e preservação da sua memória. Caso contrário e se houver a destruição eminente daquele patrimônio, que então se mude também o nome do bairro… Talvez do Significativo Ermelino Matarazzo para algo como “JAZADADE”.
Prof. Dr. José Xaides de Sampaio Alves – FAAC-UNESP
Morador de Ermelino entre 1979 a 1988
Coordenador de projeto da UNESP no Atelier de Projetos Urbanos da SMDU.