Remoção forçada da Aldeia Maracanã: não é assim que se faz uma Copa do Mundo

Hoje de manhã fomos surpreendidos com a notícia da remoção violenta da Aldeia Maracanã, que ocupava o antigo Museu do Índio, nas imediações do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Reproduzo abaixo um texto da professora Fernanda Sánchez, da Universidade Federal Fluminense (UFF), sobre o ocorrido.

É assim que se faz uma Copa do Mundo?

Por Fernanda Sánchez*

Nesta sexta-feira, o Batalhão de Choque da Polícia Militar invadiu a Aldeia Maracanã, antigo Museu do Índio, e agiu com extraordinária truculência. Os policiais  jogaram bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, gás pimenta, bateram nos manifestantes e prenderam ativistas e estudantes. A Aldeia estava ocupada desde o ano de 2006 por grupos representativos de diferentes nações indígenas que, nos últimos tempos, diante do projeto de demolição do prédio (para aumentar a área de dispersão do Estádio do Maracanã, estacionamento e shopping), vinham resistindo.

As lideranças indígenas são apoiadas por diversos movimentos sociais, estudantes, pesquisadores, universidades, comitês populares, organizações nacionais e internacionais de defesa dos Direitos Humanos, redes internacionais e outras organizações da sociedade civil. A luta dos índios e o conflito estabelecido entre o governo e o movimento resultaram num importante recuo do governo, que diante da pressão social desistiu da demolição do prédio e passou a defender a sua “preservação”. A desocupação do prédio foi decretada, com hora marcada. Os índios, no entanto, continuaram a resistir, apoiados por diversas organizações.

Certamente essa posição política ensina muito mais aos cidadãos cariocas e ao mundo sobre preservação, direitos e cidades do que as violentas ações que vêm sendo mostradas nos diversos meios. Para os índios e para as organizações sociais que os apoiam, preservar o prédio vai muito além de preservar sua materialidade. A essência da preservação, neste caso como em muitos outros, está na preservação das relações sociais, usos e apropriações que lhe dão sentido e conteúdo. Seria um exemplo para o Brasil e para o mundo a preservação da Aldeia Maracanã, o reconhecimento de seu uso social e a pactuação democrática acerca da reabilitação arquitetônica do edifício.

Cada vez que se comete um ato de violência que coloca em risco a integridade de um grupo social indígena, se esfacela sua cultura, seu modo de vida, suas possibilidades de expressão. É uma porta que se fecha para o conhecimento da humanidade, como dizia Levi-Strauss. É essa a Copa do Mundo que o governo quer fazer? É esse espetáculo da violência, a lição civilizatória que o Rio de Janeiro tem para mostrar ao mundo? A política-espetáculo tem um efeito simbólico: mostrar que o avanço do projeto de cidade, rumo aos megaeventos esportivos, far-se-á a qualquer custo.

Direitos humanos, democracia e pactuação estão fora da agenda deste projeto de cidade. Os manifestantes, em absoluta condição de desigualdade frente à força policial e seu aparato de violência, lançaram mão de instrumentos bem diferentes daqueles utilizados pelo Batalhão de Choque: ocuparam o prédio para apoiar os índios, resistiram à sua desocupação e manifestaram, no espaço público, nas ruas e avenidas do entorno do complexo do Maracanã, sua reprovação e indignação frente à marcha violenta desta política.

*Fernanda Sánchez é professora da UFF e pesquisadora sobre megaeventos e as cidades.

52 comentários sobre “Remoção forçada da Aldeia Maracanã: não é assim que se faz uma Copa do Mundo

  1. E tudo isso para, com recorrentes e abundantes “bilhonários” dinheiros públicos (R$R$R$R$R$R$R$….), tanto federais, quanto estaduais e municipais, DESTRUIR um antigo Estádio de Futebol (TOMBADO) e, nos “SAGRADOS” lugares deste “já extinto TEMPLO DO FUTEBOL ARTE – MARACANÔ e do, agora, também “demolível” e/ou, supostamente, mais “civilizável” Museu “Olímpico” – dos Ìndios – CONSTRUIR UMA ARENA SHOPPING CENTER DE MULTIPLÌSSIMOS USOS, para “entrega-la”, de “mãos beijadas”, a, cada vez mais INSANA e VORAZ exploração comercial mercadológica das empresas particulares dos “nobres-senhores” do neo-Capital Global (JOSEF BLATTER e EIKE BATISTA)…
    – República ? Democrática ? Federativa ?…Povo Brasileiro ?…
    “Isso” aqui (chamado “Brasil”) ainda é, infelizmente, uma ENORME CAPITANIA COMERCIAL HEREDITÁRIA…
    E o “nosso” próprio, mais singelo, papel social popular ?
    – Estudar, trabalhar, pagar cada vez mais impostos e “apanhar” (da mesma polícia á quem pagamos os salários,,,) ao brutal serviço de uma – eterna ? – “classe dominante”… – TRISTES TRÓPICOS !

    • Ridículo é defender bandido fantasiado de indio que vive ha 10 anos num local que deveria ser da população sem pagar aluguel e agora ainda recebendo o “aluguel social” para morar em hotel. Quero saber quando eu, que pago todos os meus impostos, vou poder morar de graça por 10 anos e depois receber aluguel do governo.

      Criticar o capitalismo sentada na frente do seu notebook ultima geração é fácil. Vai morar na Coreia do Norte pra ver como é bom o comunismo.

      • Bandido? Vai estudar! Lutar pela preservação das diversidades culturais, dos patrimônios históricos não esta situado no eixo capitalismo X comunismo. Sua colocação é rasa, verdade pronta, julga moralmente e deixa claro que vc nem se deu ao trabalho de se aprofundar minimamente no tema. Fala sério! Vc não enXerga as sérias e importantes questões financeiras que norteiam esta prática política? Não reduza a discussão a este ponto: capital versus comunismo. O problema é bem maior que isto. Chega a ser inocente e/ou ingênua a sua colocação.

      • Sr. MARK, estão oferecendo esmolas aos indígenas que, antes de tudo, são brasileiros, como eu. (O sr., eu não sei.)
        Eles, os INDÍGENAS BRASILEIROS, são perseguidos e caçados, desde que o 1º Cabral aportou por aqui.
        Em toda parte deste nosso país, são DESrespeitados: suas mulheres e filhas, são atacadas por homens brancos. Brancos e que se dizem dignos!
        E hoje, 513 anos depois, continuam sendo caçados, por pessoas que desconhecem a HISTÓRIA DO BRASIL, e que os julga como bandidos. Pior: “bandidos fantasiados de índios”!

    • Caro Daruiz , você faz referencias a varias situações de capital e classe dominante , bilionarios , estado “democrático ” e etc . Não se esqueça que este circo e este desperdício foram patrocinados pelo PARTIDO DOS TRBALHADORES , representante histórico dos movimentos ditos “sociais ” . MUSEU não e local de moradia de nenhum ser humano e sim de quadros , esculturas e afins .

      • Prezado Alex. O efetivo “abandono”, tanto da edificação (quanto da própria Instituição) e, principalmente, dos – tantos – pequenos grupos, de ancestrais origens nativas, ainda, remanescentes no Brasil (e no Rio de Janeiro também), embora consideravelmente “aculturados e urbanizados” (pela própria “lógica”, intrínseca, fundamentalmente, “capitalista”, de crescentemente intensiva exploração dos “sujeitos humanos”, notadamente, quando “sociamente desprotegidos”) não foi, de fato, “inventada” pelo PT. Este partido, apenas, quando “em vias” de assumir, eleitoralmente, pacificamente, o “poder político federal”, lá pelos idos do início deste século (XXI), “apenas” (o que não é pouco) “abandonou”, de fato, a política indigenísta preservacionista, “à própria – má – sorte”…Pois, o “Lula-lá”, de fato, estava “muito mais preocupado” em preseravar o seu próprio “poder político” (e o de seu pequeno grupo de “mensaleiros”) no “flerte” com o tradicional conservadorismo dos banqueiros, grandes empresários, trans-nacionais e os “Sarney’s, Renan”s, Maluf’s” e, até mesmo, “Collor’s” da vida… Portanto, caro Alex, este partido (com “p” pequeno, mesmo), pelo menos, desde então (nos últimos 10 anos), já não mais pode ser, verdadeiramente, considerado como legítimo representante” de quaisquer “movimentos sociais”, neste país, que não sejam “os dele próprio”. Também concordo com você que MUSEU não é local de “moradia”. No entanto ESTE MUSEU, deveria CONTINUAR Á SER UM MUSEU DESTINADO A PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA DAS CULTURAS INDIGENAS BRASILEIRAS, BEM COMO, AOS SEUS MAIS “LEGÍTIMOS” e, também, igualmente, VERDADEIROS DEFENSORES (tais como: Marechal RONDON, os irmãos VILLAS-BOAS, o antropologo DARCY RIBEIRO e, alguns poucos, outros)…E com relação á tal PATRIMONIO HISTÓRICO E CULTURAL BRASILEIRO este “tal” petê, entrar, também,para a história, pela AUTORIZAÇÃO DE DEMOLIÇÃO DO ANTIGO ESTÁDIO DE FUTEBOL – TAMBÉM TOMBADO – DO MARACANÃ e a sua TRANSFORMAÇÃO NUMA ARENA-SHOPPING-MULTI-USOS (“tipo” um CANECÂO prá 78.000 pagantes) prôs “negócios” do Eike Batista…Quer um “exemplo”, mais cristalino do que – prá eles – “vale a “cultura e a memória nacional” ?…Portanto, FORA MUSEU OLIMPICO ! (naquele lugar) e pela RESTAURAÇÂO DO MUSEU DO ÍNDIO. Quanto as – poucos – indigenas, ali, até então “meramente ocupantes” (na necessária “resistência”, á mais esta, demolição e expulsão “étnica”) poderão, certamente, continuar a, ali mesmo, “expor” – para todos os eventuais interessados e visitantes do MUSEU os seus próprios trabalhos e de sua gente. As suas próprias culturas, além das próprias vidas, resistentes em luta pela sobrevivencia. Como, mais um, exemplo – bem maior – da sobrevivência e da dignidade humanas. Coisa que nós, “brasileiros brancos”, ainda, tanto, efetivamente, “lhes estamos devendo”… – Ou não ?

      • Prezado Daruiz , vamos ao cerne da questão : MUSEU não e local de moradia de ninguém seja aqui ou em qualquer outra parte do mundo !!!! E neste museu residiam alguns poucos índios ( um deles morava de aluguel no Andarai e formou-se em história na UERJ ) de etnias amazônicas e do centro -oeste !!!! Neste museu residia uma ” silvícola ” Argentina jogadora de malabares !!Neste museu residia um paranaense de Londrina !!! Finalizando tanto eu como você apreciamos com çerteza o regime democrático ! Pois bem a sentença de desocupacao TRANSITOU em julgado logo tem que ser acatada e executada. Nada justifica interditar e promover uma baderna em uma via super importante da cidade FERINDO o direito constitucional de ir e vir do cidadão ! Repito e ressalto :MUSEU não e local de oraria de ninguém !

      • 1. Ai de ti, Maracanã, que deste tuas costas ao clamor de tuas arquibancadas e soterraste tua geral humilde em busca das glórias vãs; céus e terra te negarão o sono, e 200 mil vozes hão de assombrar-te pelas noites.

        2. Ai de tuas poltronas acolchoadas, ai de teus camarotes de luxúria, ai de tua soberba para poucos, porque para muitos te quis e para muitos foste erguido. Porque nem tua cobertura há de te esconder os teus inúmeros pecados quando minha ira se lançar contra ti.

        3. Acaso não te lembraste do silêncio que te dei quando nasceste? Que te fiz carioca, mas te inaugurei paulista, para que soubessem que não és lar de ninguém? Acaso não te conduzi até a final do Mundial, para que fosses profanado pela Celeste estrangeira e calasses tua ambição desmedida? Não te testei timaços e timinhos pela régua das vitórias?

        4. Não te consignei eu aos clássicos, porque eras neutro e palco perfeito, um lugar a ser conquistado no grito e no campo pelas quatro forças que ao teu redor orbitam, e pelos ídolos que desfilaram tantas cores? Pois hoje vejo que te prostituis a consórcios que não te conhecem, e não mais serás informado pela Suderj em teus vindouros telões de LED.

        5. Enorme era teu campo, e encolheu-se; ampla era tua capacidade, e apequenou-se; agrandaste teu estacionamento e será imensa tua final, mas não como sonhavas quando aprenderam a te amar. Ai de ti, Maracanã, pois culparás os cabrais que não te deram dimensão exata nem te fizeram olímpico e pagarás com teu orçamento estraçalhado, teu parque aquático em deserto e tua pista soterrada.

        6. E aqueles que te cantaram hinos aos domingos, ao se sentarem em tuas cadeiras numeradas, não te reconhecerão; e a nova torcida que terás tampouco tu hás de reconhecer. E eu hei de emudecer teu eco catedral à sombra de tua intrepável lona cobertora, para que sejas silencioso e ordeiro como um shopping de aeroporto.

        7. E a própria bola te há de boicotar, e sobre teu tapete sentirás as dores de parto de inúmeras peladas que negarão a honra do teu nome. Pois serás Maracarena, serás Maraca-Não, serás rebatizado e deserdado em tuas tradições: os gentios rasgarão tua rede véu-de-noiva e vendê-la-ão aos pobres.

        8. Ai daqueles que combinarem de se encontrar no Bellini, pois se perderão, com suas camisetas piratas e seus ingressos falsos repassados por cambistas torpes a custo de quatro dígitos, indo parar na Uerj. Nem assim teu banheiro será mais limpo do que foi nos dias de tua glória.

        9. Selarei teu portão 18, e não mais se concederá tua imensa cortesia aos múltiplos conchavos, quando traficavas influência em teus corredores e escadas rolantes. Perpétua será tua dor, cativa será tua vergonha.

        10. Desfraldai vossas bandeiras, uniformizados, porque só assim recordareis o espetáculo que fazíeis: tuas faixas darão lugar aos camarotes da luxúria, e teus cânticos não serão ouvidos no isolamento perfeito dos proseccos, mojitos e DJs, numa publicitária orgia no templo que virou programa.

        11. E tu, Maracanã, com teus ouvidos de concreto lamentarás aqueles palavrões que sentados não bradamos, mesmo com o grito molhado na cevada, e gemerás em cada viga, em cada solda, em cada rejunte, no chapisco de teus muros, nos parafusos dos mais buchas, em cada cu que assentares (78 mil lugares?), na tua escassez de gigantismo a flagelar-te com a memória de quando eras mais nosso porque cabiam mais de nós.

        Márvio dos Anjos

        d’apres Rubem Braga

      • Prezado(a)s,
        Concordo com vocês, para mim, o “mais antigo e carinhosamente velho” Maracanã “não existe mais”. O que, de fato, lá já esta é uma ARENA SHOPPING CENTER DE MULTIPLOS USOS PARA FATURAMENTO MERCADOLÒGICO DO EIKE BATISTA. (INACEITAVELMENTE EDIFICADA COM DINHEIRO PÙBLICO)…Quanto a ALDEIA MARACANÂ ELA SOBREVIVERÁ DENTRO DE CADA UM DAQUELES QUE FOREM À CADA DIA O MAIS EFETIVAMENTE SOLIDARIOS COM OS ANCESTRAIS NATIVOS DO BRASIL. E, isto, ninguem destroi…

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  3. Gilliane, Karl Marx já dizia isso. A história se repete desde a invasão do Brasil pelos colonizadores europeus
    A Declaração Universal dos Direitos Humanos, primeira declaração
    política após a dominação insana nazi-fascista nos países da Europa, ao dizer: “Considerando que é essencial a proteção dos direitos humanos através de um regime de direito, para que o homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra a tirania e a opressão.” Isso atesta o direito dos povos de se levantarem contra as tiranias. Me sinto muito triste, hoje.

  4. Quando o interesse econômico se sobrepõem aos interesses históricos, éticos e das pessoas e grupos considerados de menor valia não se pode dizer que estamos respeitando a nossa Constituição.
    Ana Maria Proença

  5. Tínhamos que fazer copa? Tínhamos que fazer olimpiadas? As prioridades sérias desse país submergente são BEM outras…

  6. São Paulo? Não sabe o que se passa no Rio, o prédio está prestes a cair e matar alguém, depois a culpa ainda é do govêrno, passo por lá, depois vem todo mundo lamentar as mortes, se ocorressem, todos os que queriam manter a ocupação seriam culpados. Para falar do Rio, venha ao Rio, gostamos de visitas.

  7. Ao sair, às 22:18, da Aldeia Maracanã, saí feliz, por termos conseguido fechar uma proposta, ter havido uma histórica reunião dos movimentos atingindos pelos eventos, e uma enfermeira solidaria com a nossa causa, veio voluntariamente ajudar na saúde da Aldeia Maracanã!!!

  8. “Surpreendidos” ? O negócio tava super anunciado… E Violenta ? Os manifestantes é que partiram para cima da polícia e tocaram fogo em OCA. Além aldeia em qualquer lugar não pode, imagina montar uma aldeia no meio da Av. Brasil ? ( Opa os cracudos estavam fazendo isso e foram retirados ).
    Manifestante desnudo, gritando “Assassinos” em um lugar onde ninguém morreu, não tem sentido dar credo.

    Eles receberam diversas opções e prazos extendidos para mudança, e mais se quiserem podiam tomar o atual museu do índio lá em Botafogo.

    Concordo com vários erros sobre a Copa do Mundo, porém remoção de tomada de prédio abandonado é correta. E culpar a polícia por tudo é muito incorreto.

    Se como comentado por outros aqui também, o prédio cai e mata os índios a culpa é de quem ?

    PS: Era aldeia Maracanã, não Aldeia, pois é cidade do Rio de Janeiro, não Cidade…

  9. O que vem acontecendo no Brasil em relação a Copa e Olimpíadas é uma vergonha, um escândalo. A violência praticada pela policia militar e outros agentes do estado contra os Movimentos Populares que resistiam
    à reintegração de posse da Aldeia Maracanã, no Rio de Janeiro, é só mais um capítulo dramático da ganância, da especulação imobiliária, e da aliança do estado aos interesses da Fifa – CBF – COI, com as as empreiteiras e grandes corporações nacionais e internacionais. Demonstra que não haverá limites de violência para fazer valer seus interesses. Vamos continuar resistindo. Aos companheiros e companheiras do Rio, recebam nossa solidariedade!! Dito CMP.

  10. Maria de Fátima, a proposta aceita e desejada por todos era a reforma e reconstrução do edifício, não o seu desmoronamento e nem sua desocupação.
    Pela sua lógica então, quando acontecem as desgraças que o Governo do Rio não evita, nenhum canto do país deveria mandar recursos materiais, cobertores, comida e financeiros para ajudar também, já que não fomos ao Rio… nada sabemos do Rio, não estamos no Rio, como podemos então ajudar o Rio? Sua lógica não resiste. O mundo hoje em dia não comporta este tipo de divisão. O que acontece no Rio diz respeito a mim, porque sou cidadão do mundo, e falo do Rio e de São Paulo e de onde for, mesmo que eu esteja na Patagônia.

  11. Já q o prédio está caindo,o governo deveria pelo menos achar um abrigo aos indígenas,oq onde eles vão viver???o governo vai liberar alguma reserva a eles? Não ne então não podem deixar eles desabrigados ok

  12. Queria muito que você morasse aqui na Tijuca e coladinha à ‘aldeia maracanã” pra sentir a pressão que esses índios fazem no dia a dia. Não são índios, são urbanóides contaminados pela canalhice do homem branco. É fácil demais filosofar sentado à frente de um computador. Seu texto é bem escritinho, porém, não tens conhecimento de causa. Aquele prédio será demolido e tranformar-se-á em estacionamento para o estadio depois de abrigar ladrões, viciados, prostitutas e, de uns anos para cá, índios alcóolatras e estudantes vagabundos.

  13. Quanto à violência, os governos de Sergio Cabral e Eduardo Paes estão, pouco a pouco, cavando suas respectivas sepulturas politicas. E eu faço questão de, todos os dias, jogar uma terrinha a mais. Só que a “Aldeia Maracanã” é totalmente sem sentido. É abrigo da escória sim, eu vejo aquilo bem perto de nossa casa há 20 anos.

    Os Tapuias, os Guajajaras e os Tamoios do litoral sul daqui do Estado estão dependendo de Médicos sem Fronteiras e bolsas família para sobreviver. Estive lá em 2010, estamos perturbando a FUNAI (que não serve absolutamente para nada)…. Nas localidades de Grota e Pedra Lisa na Serra do Piloto vive uma nação inteira escondida entre os vales que dão acesso à Volta Redonda, Barra Mansa e Rio Claro. Abandonados e morrendo. E os estudantes brigando por espaço para sua diversão egoística e lisérgica. Lamentável!

  14. É fácil responder a isso,se nem unzinho brasileiro comparecer nos estádios para ver a famigerada copa do mundo,ai sim em.seria bela resposta aos mandos e desmandos dos políticos e organizadores desse evento que não agrega melhoras nas nossas vidas,e sim piora,por causa do que os governos estão gastando e sendo roubado ,com essa porcaria.

    • Prezado Edilson; Infelizmente, dado o caráter internacional deste tipo de evento, tipo “mega-circo mídia-global”, patrocinado por mega-corporações e organizações privadas, capitalistas mundiais, que “bancam” quase todos os “pacotes” de participação (em geral “fechados”) de viagem, hospedagem, translado, ingressos, etc. e tal), assim como, toda a parafernália de produtos e/ou serviços, á eles correlatos, da mesma forma que as “redes de transmissão”, , por todas as mídias, também, mundiais, deste tipo de mega-negócio, ainda que o(s) “público(s) local(is)”, notadamente, os mais pobres (tal qual, por mero exemplo, na Copa da África do Sul) por quaisquer motivos, deixem de lá – fisicamente comparecer – em grande medida, o “sucesso mercadológico-empresarial” do investimento/empreendimento comercial, já estaria, desde bem antes, antecipadamente “garantido”. Claro também está que, na medida em tal “consciência política”, social e popular, se amplie, cada vez menos gente, embarcará, em mais este, “ôba..ôba..” empresarial-economico-financeiro, privatista, global Mas, até lá, mais esta “copa brasileira” já será “coisa do passado”…E o “circo” já estará sendo novamente, “montado” em qualquer outro lugar do planeta (ou, até mesmo, numa estação espacial, na lua ou em marte…). Por pura “lógica” intrinseca do próprio processo de acumulação do Capital. – E o povo brasileiro ? – E o Estado Nacional ? – Prá variar, “bancou” (a conta das despesas), dos investmentos, públicos, prá realização de mais esta “festa privé”..De lucros privatizados. Tal como, também, na conta do “baile na Ilha Fiscal” (a última festa, eminentemente aristocrática, havida no Império do Brasil), Cujas despesas, também, “sangraram” os cofres públcos (de então). Ao som do mar e a luz do céu profundo…das tão plácidas águas da baía da Guanabara…

  15. O preconceito é estado mais puro da ignorância. Estudantes vagabundos? prostitutas? Vocês de outros Estados são todos bem vindos para opinar, desde que sem esse preconceito medíocre. Esses comentários estúpidos só podem ter sido feito por gente paga para isso, a serviço dos donos do poder. Os Índios não são como nós da cultura ocidental. Não dá para cada um morar em uma casa diferente sem acesso à terra. Eles tem um vínculo comunitário e um vínculo com a terra muito forte, necessário para seus ritos litúrgicos e reprodução de sua cultura. É uma burrice incrível achar que o governo estadual pode solucionar um problema como esse, pondo cada Índio em um barraco numa favela bem distante. Abandonem seus preconceitos de classe média, e não fechem os olhos para as injustiças.

  16. Antonio, cala a boca. Sua cabeça só não é mais imunda porque está vazia demais. “Mente vazia, oficina do sistema”. O genocídio histórico de índios e de boa parte da nossa cultura lhe agradece. A você e a todos os parasitas que colocam em prática, no dia dia, a lógica do grande capital. Parabéns por ser mais um a falar merda.

    • Concordo em gênero , número e grau com o Mark . Acrescento que MUSEU seja aqui ou em qualquer lugar do mundo NAO e lugar de moradia para ninguém !!! Alias o que faziam dentro da dita “aldeia ” uma Argentina e um bando de reacionários ?? Truculência e colocar fogo , obstruir o trafego e de maneira Egoista prejudicar o IR e VIR de milhares de pessoas , alias isto e um direito constitucional !!! Truculência e oportunismo e usar meia dúzia de silvícolas e uma centena de baderneiros e desocupados para justificar o injustificável : MORAR NUM MUSEU !!!! “INDIOS ” de etnias que nunca viveram no RJ se diziam “donos” de um MUSEU !!! Antes que vocês venham com algum patrulhamento ideológico devo dizer-lhes que vivi em CUBA por dois anos e conheço bem o tipo de liberdade e consciência social de vocês . . Patética a atitude dos ditos representantes dos movimentos sociais que alias significam e representam quem e o que ??

  17. Chorei muito ao observar pela tv aquele episódio triste, horrível e desprezível. Mais uma vez a burguesia impondo e mostrando que; Manda quem pode e obedece quem tem juízo. Com um ato de covardia e desprezo usou as suas armas aniquilando um povo que faz parte da história desta nação. Me senti violentada e agredida, sem direito de defesa. Foi explicíto o que os poderosos querem dar pra nós: pobres, negros, índios e tantos outros, que não os obedeçem; pão, pano e porrada (bala de borracha, esprei de pimenta, empurrões, chutes e etc…). É DE DOER NA ALMA, a nossa cultura sendo desprezada para dá lugar a cultura de outras nações, o que somos marionetes? Que feio!!!

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  20. O que mais me impressionou foi a rede Globo de noticias justificando o uso de Gáses de efeito moral como norma para conter a violencia, já que os manifestantes esavam atrapalhando o tráfico daquela manha! Quando ouvi o repórter dar várias vezes a mesma explicacao fiquei indignada com a falta de posicionamento nao só da Globo como dos jornalistas..estao em cima do muro e nao teem coragem de divulgar a verdade. Se os manifestantes estavam atrapalhando o transito porque nao fizeram um desvio e pronto. Como posde uma rede de televisao nacional justificar um opressao de manifestacao por uma bobagem destas…

  21. Como indígena que me sinto – minha avó, mãe de minha mãe, era Fulniô, e a mãe do marido dela, Potiguar – e como historiadora que sou também, chorei por não conseguir estar lutando lado a lado com os meus irmãos. Uma cena que me marcou nas reportagens que vi na TV foi a de um dos meus iguais, ajoelhado e sozinho na frente do batalhão da tropa de choque que invadiu o local, recebendo estocadas no rosto de um dos policiais através do cano de sua arma. Não me sinto brasileira, muito menos humana, e agradeço aos Deuses de não me ter deixado igualar a muitos destes em sua falta de compaixão, mesmo tendo vivido 32 anos em meio a estes que se dizem “humanos” e “brasileiros”. Destruir um espaço dedicado as histórias destes povos, que, por sinal, poucas vezes são expostas e conhecidas realmente por boa parte dos indivíduos ditos “humanos” e referidos como “brasileiros” para edificar estacionamentos, shoppings, ou um museu voltado a contar a história das olimpíadas ao invés de reformar um local que sempre foi dedicado a expor as culturas, as vivências, a luta política das sociedades indígenas contra o etnocídio ao qual ainda estão sendo submetidas, é um absurdo. Ao menos o é para pessoas como eu ou com um mínimo de sensibilidade e conhecimento sobre as histórias e culturas destes grupos autóctones… Como indígena e como historiadora, como pessoa indignada que estou com a situação, agradeço a todos e todas que se empenharam em defender pessoalmente a “Aldeia Maracanã”, sem esquecer de agradecer aqueles aquelas que expressaram sua discordância com o procedimento das esferas estatais perante a luta dos ocupantes indígenas do local pela Internet. Para finalizar, devo ressaltar que o nome aldeia é bem próprio para o espaço, pois diferente do termo “aldeamento”, que tem um significado de um espaço onde outros grupos humanos forçam aos índios de determinadas nações, povos ou etnias a estarem, a expressão “aldeia” para aquele lugar era bem próprio, pois estes nativos, mesmo sendo de diferentes sociedades e originários de diferentes federações brasileiras, ocuparam o espaço espontaneamente para tentar defender o lugar de suas memórias para si e para os próprios “homens brancos”. Em protesto, o terreno doado para a “nova aldeia” em nova Iguaçu deveria sim, ser chamado de “Aldeamento” para que este episódio de luta nunca fosse esquecido.

  22. estou contigo erika, é isso que eles fazem com a memória dos povos genuínamente brasileiros ,se já não fosse o bastante em tempos outrora dizímaram milhões deles ,agora mais essa ,fico imaginando o que as sociedades humanitárias ficam falando dessas atitudes e quanto nossas autoridades estão levando por debaixo dos panos por mais essa, os filmes nos mostram a realidade de como isso é feito “tropa de elite 2 ” o que nossas autoridades fazem com seus mandos e desmandos contra o povo, só não tentaram dizimar os negros por que se tornaram uma totalidade ,enquanto os índios eles dizimaram com miséria, doenças e muita porrada na covardia tudo por causa de uma porcaria de copa cozinha ,eles deveriam era colocar mais médicos ,não deixar hospitais do estado ,federais as minguas de gente pra trabalhar e materiais hospitalares,na construção do engenhão teve um acordo maneiro 3 empresas tiveram um grande presente por fornecer aço,pedra e cimento ficaram um ano sem pagar impostos nenhum para o estado ,transitando livremente sem pagar nada de imposto,assim foi construído aquele elefante branco, eu gostaria de ser uma pulga e estar numa reunião dessas onde é fatiado as partes você fica com isso ou aquilo,enquanto o povo não acordar essas sacanagens vai contínuar acontecendo .

  23. A REDE Sustentabildiade tem entre seus fundadores o Andre Baniwa, a Fernanda Kaingang e o Almir Surui. Na plenária da rede no Circo Voador, nos solidarizamos com os integrantes da aldeia maracanã.

  24. Incrível como o tempo não mudou o hábito de retirar os índios para instalar algum empreendimento dos brancos.
    Incrível como o Governo da nossa Nação, que nós elegemos por representar os anseios dos trabalhadores e dos mais prejudicados pela sociedade, NÃO FAZ NADA!!!
    Será que estamos errados em querer manter a Aldeia Maracana???
    Se estamos, nos orientem então. Nos deem uma razão que não seja a especulação imobiliária?
    Aliás, em Itaboraí e cidades vizinhas, as obras do COMPERJ e do ARCO METROPOLITANO está favorecendo em muito as grandes construtoras, que estão criando condomínios verticais e horizontais fascinantes, para quem tem dinheiro para comprar. Os que não tem dinheiro? São “empurrados” para mais distante…
    É… Temos que rever as práticas dos que se dizem de esquerda em nosso país.

    • Muito bem lembrado. Não devemos, jamais esquecer que o nazi-fascismo surgiu, na Itália e Alemanha (inclusive, com enorme simpatia das ditaduras do Perón e de Getúlio Vargas, nos anos 30 do século passado), exatamente, em nome do “progresso e da ordem” (eugênicas e imperiais). Os grandes “projetos e obras públicas”, de então, alavancaram as “alianças conservadoras”, de representantes do grande capital financeiro e industrial, com os governantes, de então (Adolf Hitler e Benedito Mussolini), escudados por “miliícias” (para-militares) tanto “legais” quanto “informais”. No que deu este processo ? Mais de 20 milhões de mortos e 02 (duas) guerras mundiais. Será que “nada” aprendemos com esta “tão infame” história !?…Espero, sinceramente, que sim ..Portanto, todo apoio (e respeito) aos povos e populações indígenas brasileiras. Todo apoio a “restauração e preservação” do “antigo Museu do ìndio”, como relevante “patrimônio dos povos ancestrais do Brasil”. LONGA VIDA AO MARECHAL RONDON; AOS IRMAOS VILLAS-BOAS;; AO ANTROPÓLOGO DARCY RIBEIRO; E a TODOS OS POVOS DAS FLORESTAS E DO LITORAL BRASILEIRO !…

  25. Pingback: Brazil Violently Ousts Indigenous Village Ahead of World Cup · Global Voices به فارسی

  26. My heart goes out to the Indigenous Indians, peaceful, loving people whom I met at Aldeia Maracana this February before their violent eviction. They have so much to teach us. Why are they not given the opportunity to contribute when they want so much to spread their culture, their knowledge to people from all over the world.

    Shame on the World Cup officials, the Rio state government and authorities for being so barbaric, short sighted and greedy. This is an absolute disgrace!

  27. NOTA PÚBLICA

    EM DEFESA DA CONSTITUIÇÃO CIDADÃ
    EM DEFESA DOS DIREITOS DOS POVOS INDÍGENAS
    Nós, abaixo-assinados, vimos manifestar publicamente a profunda preocupação de que os direitos afirmados na Constituição de 1988, com justa razão chamada de “Constituição Cidadã”, sejam destituídos. Por ocasião da aprovação da Constituição, o capítulo sobre os povos indígenas foi considerado por muitos como o capítulo mais avançado deste texto, por finalmente reconhecer os direitos dos povos indígenas às suas terras ancestrais.
    Temos assistido, nos últimos meses, a uma série de medidas tomadas pelo governo, no sentido de impedir que os indígenas defendam seus direitos e conservem suas terras.
    Ainda em 2012, o governo editou a Portaria 303 da Advocacia Geral da União (AGU), que permite passar por cima da Constituição e liberar as terras indígenas para exploração mineral e obras públicas sem precisar ouvir as comunidades indígenas afetadas. Diante dos questionamentos e protestos dos povos indígenas, a portaria foi suspensa.
    Em março deste ano o governo federal publicou o decreto 7.957, que dá poderes ao próprio governo federal, através de seus ministros de Estado, para convocar a Força Nacional em qualquer situação que avaliem necessário. Logo em seguida a Força Nacional foi enviada para a região onde se pretende construir o complexo Hidrelétrico do Tapajós e, pouco depois, para Belo Monte, para retirar os cerca de 200 indígenas de 8 etnias diferentes, que ocupavam o canteiro de obras da usina.
    A ocupação do canteiro pelos indígenas tem como objetivo pressionar o governo para regulamentar e implementar o direito de consulta livre, prévia e informada, previsto na Convenção 169 da OIT, ratificada pelo Congresso Nacional. O governo, entretanto, tentou, por meio de nota da Secretaria Geral da Presidência da República de 6 de maio, desqualificar a manifestação indígena, levantando suspeitas e acirrando o clima de preconceito e criminalização daqueles cujos direitos deveria defender.
    Além disso, o governo federal já estuda submeter a definição de áreas indígenas a pareceres da Embrapa e do Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário e chegou a suspender a demarcação de reservas indígenas no Paraná.
    A Ministra Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, por sua vez, declarou, no dia 8 de maio, na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados que “não podemos negar que há grupos que usam os nomes dos índios e são apegados a crenças irrealistas, que levam a contestar e tentar impedir obras essenciais ao desenvolvimento do país, como é o caso da hidrelétrica de Belo Monte”.
    E acrescentou: “O governo não pode concordar com propostas irrealistas que ameaçam ferir a nossa soberania e comprometer o nosso desenvolvimento”. O governo federal atende, desta forma, os interesses expressos no Congresso Nacional, onde há uma campanha contra os direitos das comunidades tradicionais e indígenas, configurada na PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 215, engendrada pela bancada ruralista, para transferir as atribuições constitucionais do poder executivo para o legislativo no que se refere ao reconhecimento dos territórios indígenas e quilombolas; e na proposta de CPI da FUNAI, cujo objetivo é questionar os processos demarcatórios realizados ou em curso.
    Tais atitudes e declarações não condizem com o status reconhecido aos povos indígenas pela Constituição Brasileira. Já não é a primeira vez que os povos indígenas são acusados de prejudicar o “progresso” do país e que, sob pressão do agronegócio, das mineradoras ou de megaprojetos – que defendem um tipo de “desenvolvimento”, fortemente danoso aos povos da região e ao meio ambiente -, se busca liberar terras indígenas da proteção que hoje a Constituição oferece.
    Em 1988, encerraram-se os trabalhos da Constituinte e foi promulgada a Constituição Cidadã que, superando finalmente a legislação do regime autoritário, afirmou solenemente uma série de direitos, entre os quais, os direitos dos povos indígenas. As medidas que vêm sendo tomadas e as propostas de emenda constitucional em discussão significam um retrocesso na luta pelos direitos humanos em nosso país e o regresso a uma etapa que não podemos aceitar.
    Exigimos o respeito à Constituição Federal.
    Exigimos o respeito aos direitos dos povos indígenas.
    Abong – organizações em defesa dos direitos e bens comuns
    Para assinar a nota, enviar email para comunicacao@abong.org.br

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