Pra quem não vai brincar carnaval: hora de relaxar com um bom livro… sobre belas e enigmáticas cidades!

Para quem resolveu passar o carnaval longe da agitação da folia, nada melhor do que aproveitar o feriado para ler um bom livro de ficção. Romances falam de amor, paixão, ódio, mistérios, mas também falam de cidades… Para quem se interessar, preparei uma seleção de livros nos quais as cidades, mais do que cenários da trama, são seus personagens. Confiram abaixo!

A Trilogia de Nova York, de Paul Auster
Nos romances de Paul Auster, Nova York é o grande protagonista. Embora a cidade seja personagem em vários de seus livros, o grande clássico desse autor é a Trilogia de Nova York, composta pelos livros “Cidade de Vidro”, “Fantasmas” e “O Quarto Fechado”. No Brasil, os três livros saíram em um único volume, editado pela Companhia das Letras. São romances policiais que buscam associar a investigação de algum mistério a questionamentos sobre identidade e arte, dois âmbitos bastante associados ao ethos da cidade. Ah, para quem é fã de história em quadrinhos, o primeiro livro, “Cidade de Vidro”, está disponível em versão “graphic novel”, da editora Via Lettera, com ilustrações de David Mazzuchelli e Paul Karasik.

Bombaim: Cidade Máxima, de Suketu Mehta
Suketu Mehta é um escritor indiano que, após morar vinte anos em Nova York, resolveu visitar Bombaim (Mumbai), a cidade onde passou sua infância. O autor mergulha no cotidiano de uma das maiores e mais populosas cidades do mundo, mostrando seus conflitos e contradições, seus lados fulgurantes e ocultos. O livro acompanha não apenas o lado Bollywood e da alta sociedade indiana, mas fala também de prostituição, das gangues hindus e muçulmanas rivais, da situação da mulher na sociedade indiana, de suas favelas… Uma cidade intensa e caótica como São Paulo, que tem tudo e, ao mesmo tempo, nada a ver com esta. A edição brasileira é da Companhia das Letras.

A Cidade Ilhada, de Milton Hatoum 
Este é o primeiro livro de contos de Milton Hatoum, que fala sobre desejos e fracassos, literatura e viagem – e, claro, memória, tema-chave de seus livros. Embora a errância esteja presente nos contos, e os personagens circulem por diversos lugares, Manaus é o ponto recorrente: é seu traçado que encontramos em todos os contos, é ela que persegue os personagens e é a ela que eles sempre parecem retornar, mesmo em pensamento, mesmo na memória.

Texto originalmente publicado no Yahoo!Blogs, com adaptações.

Para fechar as férias, sugestões de livros e filmes enviadas por leitores

Para o último fim de semana das férias de julho, compartilho com vocês algumas sugestões de livros e filmes enviadas por leitores  e leitoras. Parecem boas dicas. Confiram abaixo!

# Livros:

Amilcar Zanelatto Fernandes sugeriu dois títulos do Ignacio de Loyola Brandão: “Não Verás País Nenhum” e “Zero”. Segundo o leitor, “são impressionantes as descrições da paisagem urbana nesses livros”.

# No cinema

Eleonora sugeriu o mais recente filme de Woody Allen, “Meia noite em Paris”, que está em cartaz em vários cinemas do país.

# Documentário

Maíra Gadelha indicou o filme “Entre Rios”, um documentário curtinho, de 25 min, sobre São Paulo, com direção de Caio Silva Ferraz. Segundo a leitora, o filme mostra a crescente degradação a que os rios foram expostos na gênese da cidade. Ela deixou um link para mais informações, onde também é possível assistir ao vídeo: http://urbanidades.arq.br/2011/05/entre-rios/

# Ficção

Paulo Takimoto indicou o filme “Linha de Passe” (2008), dos diretores Walter Salles e Daniela Thomas. Ele diz que o filme não tem a cidade como personagem central, mas, para ele, “é um dos filmes que melhor retrata, de forma muito sensível, uma São Paulo que poucas vezes vemos no cinema”.

E mais:

– Pra quem está de férias: nossas cidades em verso e prosa

– Mais sugestões para as férias: nossas cidades pelos olhos de alguns documentaristas brasileiros

– Mais um bom programa: ver e sentir a cidade através dos clássicos do cinema