Começou mais um capítulo da novela do projeto de reabilitação da região da Luz na cidade de São Paulo. A prefeitura anunciou nesta semana o consórcio ganhador da licitação que vai que realizar estudos e propor um projeto urbanístico para a região.
Da maneira como a notícia foi veiculada parece que agora vão começar as obras. E não é nada disso. Então é importante que fique claro que o que o consórcio vai fazer é um estudo de viabilidade econômica e uma proposta urbanística.
A partir daí, as obras serão feitas via concessão urbanística, que foi uma proposta da prefeitura aprovada na câmara municipal. Por meio deste instrumento, toda aquela área será concedida para que a iniciativa privada faça o desenvolvimento imobiliário e, inclusive, as desapropriações. Esta é uma questão bastante polêmica e controversa.
Bom, o consórcio vencedor é formado pela Fundação Getúlio Vargas, Companhia City – que fez os bairros-jardins como o Pacaembu, Alto da Lapa, Alto de Pinheiros -, a construtora Concremat, e um escritório norte-americano, já que havia uma exigência no edital de experiência em desenvolvimento urbanístico em grandes áreas.
Eu pesquisei um pouco sobre quem são esses americanos e, segundo me consta, eles fizeram bastante coisa daqueles projetos de Dubai. Tudo a ver com a Luz…
Moral da história: mesmo com mais esse passo na direção da consecução do projeto da Nova Luz, a perspectiva de execução ainda é de longuíssimo prazo. E, como eu disse, há muitos aspectos controversos na proposta de concessão urbanística para a realização da obra. No fim das contas, são 20 anos de discussão e, na falta de definição, aquele espaço começa a ficar abandonado.