Ilú Oba de Min na primeira das duas saídas do cortejo neste carnaval. Foto: Alécio Cezar
Comentei sobre a mudança do ethos da cidade de São Paulo na minha coluna da semana passada na Rádio Usp. A cidade que não podia parar está pulando o carnaval e se apropriando das ruas.
Ouça o comentário completo na Rádio Usp.
blog da Raquel Rolnik 
A população que se apropria das ruas hije Raquel, é a classe média à quem as gestões anteriores não deram à mínima para seus “movimentos e vontades culturais”. Não é o povo de baixa renda nem os ricos: são aqueles que trabalham duro , que pagam impostos em dia, que dão empregos e que mantém seus planos de saúde e seus filhos em boas escolas, à duras penas !!!!!
Minha cara Vania, seu bom comentário dá o que pensar.
Enfim, um artigo em que concordo em gênero numero e grau com a blogueira. Uma chuva de confetes e serpentinas para ela.
Outro fato a destacar é que, diferentemente de outras cidades, o carnaval de SP não precisa de medalhões ou de palco para acontecer. O show é garantido pela espontaneidade do próprio povo sem cobrar nada por isso. Talvez seja por essa razão que a mídia ignora o nosso carnaval. Não há por aqui nenhum ‘famoso’ disposto a pagar jabá para aparecer.
A não ser no Anhembi onde sempre há famosas peladas disputando fotógrafos. Mas ali não existe carnaval. O que ocorre naquele espaço confinado é uma grotesca imitação do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro. Que aliás, há muito deixou de ser uma expressão do samba carioca para virar um mero programa de televisão.
Que por sinal, ninguém vê.