Em meio às atuais discussões sobre a questão urbana no Recife, um grupo de arquitetos e cineastas produziu o documentário “Velho Recife Novo”, propondo uma reflexão sobre o espaço público da cidade e seus processos de transformação.
Segue abaixo o vídeo, acompanhado de sinopse:
Sinopse: Oito especialistas de diversas áreas (arquitetura e urbanismo, economia, engenharia, geografia, história e sociologia) opinam sobre a noção de espaço público na cidade do Recife e destacam temas como: a história do espaço público na cidade, o efeito dos projetos de grande impacto no espaço urbano, modos de morar recifenses, a relação entre a rua e os edifícios, a qualidade dos espaços públicos, legislação urbana, gestão e políticas públicas e mobilidade.
Realização: Luís Henrique Leal (cineasta), Caio Zatti (cineasta), Cristiano Borba (arquiteto) e Lívia Nóbrega (arquiteta).
Muito bom!!!
Excelente trabalho!!!
Ao longo das quatro últimas décadas são constatadas as ações renovadas da capatura da mais valia social e da apropriação e reapropriação dos espaços públicos pelo Capital Privado.
Para quem se recorda na década de 80 a sociedade expressava um movimento de resistência, ação e luta através dos diversos movimentos sociais urbanos e rurais, pela preservação dos espaços públicos mediante a luta pela reforma urbana e por atividades cooperativadas e pela reforma agrária no campo, resultando em importantes lutas e vitórias na esfera constitucional.
Entretanto nas duas últimas décadas, esses movimentos foram atropelados pelo processo “neo-revolução” tecnológica, resultando na avalanche de um “novo” processo de “globalização”.
Me paraece que naquele momento esses movimentos vinham de um processo de fortalecimento nas lutas travadas e se acreditou que a partir de algumas vitórias na esfera normativo-constitucional bastariam, ou estariam bem encaminhadas, a despeito da continuidade da resistência e luta dos setores mais organizados, decorrentes de anseios não contemplados e de vários revezes.
Cabe as seguinte pergunrtas, neste momento: Qual seria abrangência e foco para as lutas a serem travadas, voltadas para a resistência e impedimento das ações dessas forças desproporcioalmente poderosas e contrárias ao interesse público e dos grupos mais desfavorecidos da sociedade? E, quais poderiam ser as formas de organização, articulação efetivas e como deflagrá-las, diante do atual quadro de pasteurização político-instituciaonal. Ou seja, como passar da constatação a ação.
Perdoem-me se estiver equivocado.
Luiz Paulo G. Ramos