Recebi ontem estas fotos de um leitor que, passando por uma estrada no Maranhão, deparou-se com este panorama. Trata-se de um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida, construído ao lado de um lixão, na cidade de Santa Luzia, no interior do Estado, que, por sinal, é um dos que mais teve projetos construídos pelo programa. A lógica de produção de casas no terreno mais barato possível leva esses empreendimentos para as terras mais desvalorizadas e, em muitos casos, perto de áreas contaminadas como esta. Com certeza, esse não é o único caso.
As imagens falam por si, mas não custa lembrar: o processo de produção de habitação que corre a todo vapor em nosso país está completamente desvinculado de um processo de qualificação da produção e gestão das cidades. Falta política urbana e falta gestão urbana. Lixões como este não deveriam mais existir, muito menos conjuntos habitacionais no meio do nada, junto a áreas contaminadas. De um lado, temos municípios precários, com pouquíssima ou nula capacidade de planejamento e gestão, e, de outro, um programa federal de produção de moradias que em nada ajuda a mudar essa situação.
Estas são, no fim das contas, imagens da precariedade da política urbana no Brasil em um momento em que temos recursos para enfrentar o problema do déficit de urbanidade.
PS: enviei as fotos para a Secretaria de Habitação do Ministério das Cidades e para a Caixa Econômica Federal e ambos responderam que vão apurar o caso.
Texto originalmente publicado no Yahoo! Blogs.
Realmente, em terras de Sarney,um dos estados mais miseráveis do Brasil não poderia ser diferente!
Lembro-me de um caso recente em que um conjunto habitacional em São Paulo,próximo à Marginal Tietê havia sido construído sobre
um antigo lixão.Os gases dos resíduos estavam cobrando a fatura!
É inaceitável que em país que é uma das sete maiores economias mundial ainda registre fatos como este. Informo que em Campo Grande/MS também ocorre fato similar. Há, no entorno do lixão – a cidade não tem aterro sanitário – um conjunto habitacional e um presídio, este, no caso, a justiça impediu a sua ocupação/funcionamento pois argumenta que há risco para os detentos. Por outro lado, esse risco parece que não afeta as centenas de famílias que ali vivem.
Não é de se admirar na terra do Sarney tudo é possível: ruas totalmente esburacadas e cheias de lama, aeroporto nem se fala, praias que parecem um penico de tão fedorantes de esgosto! a cidade é um caos, sem contar os engarrafamentos intermináveis, pois só existem avenidas principais p/ transitar, se vc for tentar cortar caminho, só vai encontrar estradas de terra e buraco e mais esgoto. Esse é o relato de alguém q está há nove meses nesse caos.
O pior é a resposta da Secretaria e da Caixa: “Vão apurar”. Concordo inteiramente com a Raquel quando ela diz que “falta política e falta gestão”. Que política social é esta que não acompanha a implementação dos programas e que não os avalia?
Difícil olhar essas imagens e relatar algo ou dizer algo que não seja: “LAMENTÁVEL”… Mais difícil ainda é saber que as pessoas (geralmente de baixa renda), que irão morar nessas casas, ainda possuem o sentimento de “gratidão” por terem aonde morar, independente do local… É lamentável…
Recentemente um condomínio de luxo, em São Paulo foi construído em cima de um ex-lixão. Toda a área era contaminada. Mas conversa vai, conversa vem, multas altíssimas foram pagas, a empresa construtora correu para tentar resolver o problema. Por que? Cada casa vale milhões e tirar todo mundo de lá ia ser problemático. Mas quando o assunto é o menos favorecido, a coisa muda de figura. Deborah M.Pereira tem razão : os moradores desse conjunto ainda vão agradecer por terem onde morar.Lamentável mesmo!
Infelizmente, os menos favorecidos, estão sempre em total desvantagens…E o que acontece com toda essa situação? Aparecem mais ainda as diversas doenças; e os hospitais totalmente precários, não tem como receber e amparar, todos os doentes! Resumindo, como diz Bóris Casoy” isso é uma vergonha”!.
A CAIXA é uma das principais responsáveis por esse tipo de resultado, afinal é o banco que define o que pode ser aceito como Minha Casa Minha Vida. Se a CAIXA recusasse financiar projetos precários, outros terrenos seriam procurados. A CAIXA, ao atribuir valores absurdos a imóveis nos grandes centros e conceder esse crédito inflacionado, é ainda uma das responsáveis pela especulação que infla artificialmente os valores de imóveis residenciais.
No Ceará durante o governo do Ciro Gomes houve um programa de construção de moradias populares que ficou conhecido como “Mutirão”, no final as casas construídas eram de péssima qualidade, algumas inclusive sem reboco e foram construídas em áreas distantes do centro, sem saneamento ou transporte público eficiente, em alguns há problemas de abastecimento de água até hoje.
Aliás, acho até melhor pararmos em definitivo de tratar a classe trabalhadora como “menos favorecidos”. Quem, afinal, gera, em sua maioria, o fundo público ultilizado pela CAIXA para financiar tais programas?
É preciso que todos cidadãos, tenham os seus direitos básicos adquiridos, e de forma humana e digna…e como isso não acontece, que outra maneira tratar?
Infelizmente são imagens reais, fruto de uma política habitacional falha…Está longe de um conceito de Moradia Digna…
O PMCMV trata desde o seu inicio de um programa quantitativo, em nada a qualidade chega próximos dessas intervenções, que chegam até a ser RURAIS pela desafetação de áreas às franjas urbanas, que são mais baratas, via de regra para VALORIZAR áreas dos proprios executores, na ‘logica’ ainda do BNH, que não é superado em NADA, por esse incentivo de combatre a deficiência habitacional, em se tratando da ‘Capitânia Hereditária do Clã Sarney’, a lógica de tratar famílias vulneráveis economicamente, (pobres como assim querem tratar a elitizinha), como lixo, esse conjunto se presta a manutenção do fazer mais do mesmo SEMPRE. Uma lamentável situação da dominação deste país grande.
Lamentável!! Inaceitável!! Infelizmente moradia para os pobres neste pais é tratada desta forma!! Estou enviando este link para todo mundo que tenho contato, para ampliar nossa indignação! Enquanto os projetos do Programa Minha Casa, Minha Vida / Entidades não saem do papel, as empreiteiras e os governos jogam o dinheiro publico no lixo!!
http://www.youtube.com/watch?v=4LyeGC6fGX4 – Documentário Maranhão 66, o Sarney contratou Glauber Rocha e veja o que ele fez pro Bigodão.
Realmente enquanto o Sarney mantêm time de basquete, o povo é jogado ao lixo, pasmem senhores, e o povo maranhense vota neles é o cúmulo, cada povo tem o político que merece
Estou no momento pesquisando sobre a história da HIS no Brasil, percebo que desde o século XIX isso já existia. A segregação dos espaços é antiga e os efeitos da crise urbana é sofrida de forma diferente, garantindo à elite áreas de uso exclusivo, livres de deterioração, etc. Essa foto nos deixa indignados!
Negligenciar o grave problema ambiental que são os lixões ilegais tornou-se hábito. Não existe um senso comum para cuidar, limpar,manter áreas como esta das fotos. No Rio, depois de muitos anos de funcionamento, o governo vai fechar o famoso Aterro do Gramacho, situado às margens da Baía de Guanabara. O RIO+20 será aqui, mas espero que todo Brasil se ligue nesse grande evento por uma vida mais saudável.
verdade porisso q temos que escolher um prefeito q fassa a nossa cidade ficar melhor…. pq queromos nossa cidade limpa, e queros um prefeito limpo ect…??????