Moradores de Vitória (ES) estão cobrando da Petrobras a construção de um parque numa área onde a empresa está construindo uma grande unidade de negócios. Segundo informações enviadas por um leitor, uma das contrapartidas exigidas pelo Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para a aprovação do empreendimento foi a construção do parque numa área de 15 mil m². O EIV é um dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade para planejamento e gestão do solo e a cidade de Vitória já vem aplicando este mecanismo, procurando compensar os impactos urbanísticos de grandes empreendimentos.
Agora, o centro de negócios está prestes a ser inaugurado e o parque ainda não saiu do papel. O que me impressiona nessa história é que ela mostra uma prática recorrente: quando se exige de uma empresa uma contrapartida para a construção de um empreendimento, esta nunca fica pronta antes (nem ao mesmo tempo) que o empreendimento. E depois que o gerador de impacto foi inaugurado, é bem mais difícil para as comunidades afetadas exigirem a implementação da contrapartidas.
Veja, no Facebook, a página da associação que luta pelo parque: http://www.facebook.com/CADEOPARQUE
* Foto tirada da página da associação no Facebook.
e quando então tem que plantar árvore em contrapartida?!
praticamente nunca cuidam – morrem secas – ou só plantam eucaliptos.
boa chamada.
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