A novela em torno das intervenções realizadas no Parque da Água Branca, desde abril do ano passado, talvez chegue ao fim de forma positiva. Segundo notícia divulgada hoje pelo Estadão, o Ministério Público enviou à secretaria estadual de Agricultura um termo de ajustamento de conduta através do qual propõe que sejam desfeitas as alterações. O MP também quer a criação de um plano diretor e de manejo arbóreo, além de um conselho gestor do parque com participação da população usuária.
Historicamente, o Parque da Água Branca é um local ligado ao mundo rural paulista e à sua cultura popular e caipira. Trata-se, portanto, de um patrimônio material e imaterial dos paulistas. Lembro de levar minhas filhas lá para passear, ver os animais, a roça, a casa de pau a pique com fogão de lenha… Além disso, lá acontece, até hoje, a mais tradicional feira de produtos orgânicos de São Paulo. Sem falar que o parque sempre foi sede de inúmeras feiras relacionadas à cultura tradicional do Estado.
A intervenção arbitrária realizada pelo governo do Estado foi objeto de representação no Ministério Público por parte de moradores da região e usuários do parque. Com isso, foi aberto um inquérito para apurar a legalidade das obras, que foram interrompidas em dezembro do ano passado por decisão da Justiça. Se o governo acatar o termo de ajustamento de conduta, o inquérito será encerrado.
Para celebrar os avanços conquistados e também o Dia Mundial do Meio Ambiente, o movimento SOS Água Branca realizará uma comemoração no parque, no próximo sábado, às 10h.
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Olá, Raquel.
Sou uma das fundadoras do Movimento SOS Parque da Água Branca e gostaria muito de pedir seu apoio, pois a secretaria de agricultura está passando por mais uma mudança e a nova secretária assume a pasta na próxima terça-feira, dia 7 de junho. Para que possamos comemorar, ela precisa assinar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) na íntegra. Enquanto o documento não for assinado, não temos o que comemorar. O parque está de pernas pro ar com as obras do DAEE. Não existe sinalização adequada e não sabemos pra onde estão sendo destinandos os resíduos da construção civil. Semana passada, saiu um aditamento de contrato de quase R$ 1 milhão a mais. Esta obra já custou R$ 4,2 milhões aos cofres públicos e, agora, mais R$ 1 milhão. Continuamos de olho.
Abraços,
Regina
Eu queo só ver se o Alckmin vai botar ou tirar a azeitona da empada do Kassab.
É evidente que o novo (de novo) projeto do Parque da Água Branca é obra do Secovi, para convertê-lo em área de lazer dos prédios que vai construir perto do parque.
Qual a vantagem para o governador caipira do Estado acabar com a história dos caipiras na capital?
O grupo de danças Abaçaí e o Revelando São Paulo – principal manifestação folclórica em SP – que representam a cultura de todo o Estado, e não só da capital, já foram expulsos do Parque e abrigados pela Prefeitura na zona norte.
Quem roubou a azeitona da empada do Alckmin foi o Kassab…