Em janeiro de 2008, a prefeitura de São Paulo lançou o programa “100 Parques para São Paulo”. Segundo dados da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, em 2005, a cidade contava com 34 parques municipais, em 15 milhões de m² de áreas verdes protegidas. Em 2009, o número de parques chegou a 60, em 24 milhões de m². A meta é chegar a 100 parques em 2012 – passando para 50 milhões de m².
Um programa como este, obviamente, é muito importante para uma cidade como São Paulo, que carece de áreas verdes. Mas os números apresentados pela prefeitura, embora interessantes, parecem perder o impacto diante de notícias como a que vimos domingo passado no Estadão, sobre o desmatamento decorrente do boom imobiliário.
Segundo o jornal, São Paulo perdeu este ano, em apenas 4 meses, mais de 12 mil árvores, o equivalente a quase um Ibirapuera, que tem 15 mil árvores. Todos os cortes (5,1% de árvores mortas) foram autorizados pela prefeitura, que exige um replantio maior. Mas, como diz a reportagem, “a eficácia dessa compensação ambiental é duvidosa e muitas vezes executada sem sucesso ou qualquer tipo de fiscalização.”
Me parece que estamos diante de mais um motivo para repensar nossa política de uso e ocupação do solo que, pelo visto, favorece a desconstituição de áreas verdes. Se não o fizermos, nenhum programa de construção de parques dará conta do problema.
Segundo promessas dos “projetistas voluntários” do projeto dos túneis do Cassab (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110514/not_imp719073,0.php) vão arrancar CEDROS na Vila Mariana. E farão a compensação em outra área bem longe… Em Audiência Pública admitiram que “tem uma ou duas árvores bonitinhas que têm que ser arrancadas”. É isso que nos dá uma grande sensação de impotência.
Cara Raquel,
Aqui no Rio a situação é pior. É o próprio poder público municipal quem faz a retirada de mata nativa, seguida de pavimentação do manguezal e chama isto de parque! Veja detalhes em http://bit.ly/kG7x6T
Abraços,
Jason
Pior que tudo isso: a prefeitura está discutindo um programa visando a remoçãlo de árvores “não nativas”, para posterior substituição por espécies nativas. Nada contra remover uma árvore que esteja irrecuperável e que coloca em risco moradores e transeuntes, mas remover uma árvore sadia simplesmente porque ela não é nativa????
Justo em São Paulo, terra que se vangloria da tolerância e receptividade a qualquer povo???????
Acho inconcebivel simplesmente…
Infelismente, aqui em Sao Paulo, esta desta maneira, é dificil encontrar um espaço verde nesta cidade, a cada quarteirao encontramos grandes obras de edificios e escritorios, alias estao tirando o espaço verde e colocando concreto , tudo isto é lamentavel.