O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) iniciou hoje uma campanha nacional contra despejos e remoções relacionados a obras da Copa de 2014, das Olimpíadas de 2016 e do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Segundo os organizadores, foram paralisadas em São Paulo as rodovias Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Anhanguera, Dom Pedro I, Dutra e Rodoanel Oeste , como forma de chamar a atenção da sociedade para o problema.
Leiam abaixo trecho do manifesto do MTST:
MANIFESTO DA CAMPANHA NACIONAL CONTRA OS DESPEJOS: MINHA CASA, MINHA LUTA!
A RESISTÊNCIA URBANA – Frente Nacional de Movimentos faz um alerta aos trabalhadores brasileiros sobre o avanço de uma política de despejos e de uma ofensiva do capital imobiliário nas metrópoles do país. O cenário que está sendo montado é de uma verdadeira operação de guerra contra os moradores de favelas, comunidades periféricas e os trabalhadores informais, em nome do “crescimento econômico” e da preparação do país para a Copa-2014 e Olimpíadas-2016. Os governos federal, estaduais e municipais prepararam seus planejamentos – em muitos casos, já em execução – para obras de grande impacto, que representam uma Contra-Reforma Urbana no Brasil, pela forma autoritária e excludente com que estes programas afetarão os trabalhadores urbanos (principalmente através de despejos e remoções em massa) e pela lógica de cidade que trazem consigo. Por isso, e contra isso, lançamos uma Campanha Nacional contra os Despejos.
Para ler o texto completo, clique aqui.
Aqui em Porto Alegre/RS estamos fomentando a organização das comunidades que serão atingidas pelas obras públicas e privadas em função da Copa, necessitamos urgente de uma articulação nacional que faça circular a informações de forma mais rápida e completa. Acabamos de evitar a venda do Morro Santa Teresa, área pública e que abriga mais de 15000 pessoas, a resistência do povo do Morro anima os que serão atingidos pelo alargamento da avenida tronco. Denunciamos que Porto Alegre, a cidade internacionalmente conhecida como capital dos laboratórios de participação popular, está sendo loteada a esmo, sem a mínima possibilidade de debate com a população, sobretudo os mais pobres, que ainda estão sendo empurrados (novamente) mais para as margens da cidade.
Denunciamos também que muitas áreas públicas estão sendo entregues a preço de banana para a iniciativa privada, seja para construção de estádios, seja para mega projetos comerciais e residenciais.
Precisamos de um canal de ligação com as demais capitais, este sítio tem se destacado na crítica aos critérios utilizados para definir a nova ordem urbanística que será definida pela passagem da Copa do mundo.
Denunciamos ainda, que todas as instituições públicas, na sua maioria estrutural, seja o MP, a Assembléia Legislativa, a Câmara de Vereadores os Executivos dançam uma mesma música, a da Copa Maravilha, e por ela tudo fazem.
Aqui já decidimos, o caminho é a mobilização de rua e com os atingidos, vamos tentar ao menos diminuir os efeitos, essa é nossa fé, no povo.
Esperamos poder manter contato.
Edson Borba
Coordenação Movimento O Morro é Nosso/Porto Alegre
51 99729784
Como foi dito, aqui a área da FASE esta em questionamento, mas ainda dificil.
Por outro lado muitas outras áreas estão sendo ocupadas em nome da COPA 2014.
A área do Humaitá que foi doada á FCORS – Federação dos Circulos Operários do RS foi destinada á ARENA Gremista. Uma área de 32 hectares dos quais apenas 8 é para o Grêrmio os restantes 24 hectares ficarão de posse da própria Construtora OAS que tirará proveito com 17 prédios de 70 m cada.
Para isto duas escolas que valen juntas 15 milhões, uma Estadual e outra particular terão as portas fechadas. Ou seja escolas de grande porte serão fechadas em prol de um time de futebol e de uma constreutora, que será a mais beneficiada.
Esta área vale hoje 300 milhões.
As escolas atendem famílias de baixa renda que foram parfa a área já expurgadas de outras que valorizaram.
Doar area pública para especuladores de uns dois anos para cá se tornou rotina na Estado do RS e na Prefeitura de POA.
A Governadora Yeda fechou em 3 anos de governo mais de 350 escolas no RS, quando no período de 1945 a 2010 foram extintas menos de 1600 escolas.
A casa na rua Casemiro de Abreu 1233, entre IPA e Lucas de Oliveira, bairro Bela Vista, Porto Alegre, está desocupada há meses. É grande, pode abrigar muitas pessoas. Talvez proprietário, Eduardo Alvarez, conhecido como Dudu, concorde em ceder a casa para moradia de pessoas sem teto, até a demolição da casa, que será feita dentro de pouco tempo. Pessoas do posto de gasolina na frente da casa talvez saibam informar telefone de Eduardo.