O governo do Estado de São Paulo contestou os dados apresentados em matéria da Folha de São Paulo, no último domingo, comparando os investimentos feitos na expansão do metrô (R$ 12 bilhões) e em obras viárias (R$ 13,5 bi) nos últimos dez anos. Segundo nota publicada no site do metrô, este valor é mais que o dobro e inclui investimentos na CPTM.
O problema é que ninguém apresentou até agora a conta que o paulistano quer ver: quanto, de fato, foi investido, ano a ano, por prefeitura, governos estadual e federal, em transporte coletivo, incluindo corredores de ônibus, metrô, integração de sistema etc, e quanto foi investidos em obras viárias, já que os dados que a Folha apresenta consideram apenas as “dez principais obras viárias novas”, sem que sejam citadas todas elas.
No fim das contas, mesmo que esses números se equiparem, o que não acredito ser verdade – pensem nas obras da marginal do Tietê, das pontes Estaiada e Jacu Pêssego – se quisermos mudar o padrão de mobilidade da cidade de São Paulo, os investimentos em transporte coletivo na próxima década precisam ser mais que o triplo do que os das obras viárias.
E não se trata apenas de investimento financeiro, mas de prioridade na gestão e na relação entre um projeto de mobilidade e um planejamento territorial da Região Metropolitana de São Paulo, aspecto que continua lamentável.
Excelente. Posso copiar?
Oi, Raquel.
Sou estudante do último semestre de Design Gráfico, na FMU.
Eu e meu grupo escolhemos o tema “Caos Urbano” para nosso TCC e gostaríamos muito de um contato seu para marcarmos uma possível entrevista.
Gostaríamos de colocá-la como referência bibliográfica em nosso trabalho, assim como, anexar a entrevista.
Se estiver interessada, por favor entre em contato.
Meu email é renata.cione@gmail.com
Obrigada.
Concordo plenamente com essa colocação sua Raquel. Nosso país possui um caráter desenvolvimentista viário muito diferente do que queremos, e que parece ser um panorama certo para nosso futuro.
Eu não sei exatamente o que deve ser feito para que essa realidade mude e a gente consiga implantar a idéia de um transporte estatisticamente comprovado como mais limpo, eficiente e ambientalmente positivo, que é o caso do ferroviário, mas por enquanto tenho que me contentar que pessoas como você continuem colocando esses assuntos em pauta.
Parabéns,
O.
Solução racional para o transporte coletivo
Transporte coletivo vem sendo um dos problemas mais sentidos pela população do Brasil e origem de reações violentas, perturbadoras da ordem pública. A tarifa zero é perfeitamente justificável para quem necessita deste recurso para usufruir o direito constitucional de liberdade de locomoção. Torna-se, entretanto, muito injusta se usufruída por quem dela não necessita. Praticar o transporte gratuito através de empresas estatais tem sido um erro que não precisa ser novamente testado para se confirmar. Transporte é uma prestação de serviço e não um negócio para gerar lucro ou ser custeado por impostos gerais, pois estes são socialmente injustos. Partindo desta concepção, elaboramos uma alternativa para solução racional deste problema e sugerimos o acesso ao blog http://nossobrasilja.blogspot.com.br/ no qual está apresentada e disponível para ser implantada.