Sanha imobiliária sem limites. Será a vez de Bertioga?

Matéria publicada hoje, no jornal A Tribuna, afirma que a prefeitura de Bertioga, no litoral de São Paulo, apresentará em breve uma proposta de revisão do plano diretor do município, com o objetivo de adensar a região da praia.

A prefeitura quer mudar o número máximo de pavimentos permitidos em construções na orla – dos atuais 10, para 30 -, além de flexibilizar outras regras que restringem o crescimento vertical da cidade.

A proposta da prefeitura de Bertioga vai na contramão da necessidade que temos hoje de repensar nosso modelo de uso e ocupação do solo. Enquanto isso não acontece, a ideia de aproveitar máximos potenciais imobiliários vai conduzindo a política urbana no país.

O resultado, inclusive do ponto de vista turístico, já que se trata de um lugar de veraneio, é desastroso, como em Balneário Camboriú (SC), onde os prédios altos “roubam” o sol dos turistas, de acordo com matéria da Folha publicada em janeiro.

4 comentários sobre “Sanha imobiliária sem limites. Será a vez de Bertioga?

  1. Acredito que até seria adequado adensar algumas áreas urbanas, contudo não creio que as regiões litorâneas devessem ser consideradas prioritárias com vem fazendo a prefeitura de Bertioga.
    Há ou haverá infra-estrutura básica de serviços, como rede de água e esgoto suficiente, sanitários públicos para atender a toda essa população que a prefeitura deseja atrair com a medida?
    As rodovias de acesso ao litoral comportam o aumento de fluxo de veículos que esse tipo de ação pode acarretar?
    Obviamente, com o pre-sal, será necessário aumentar a capacidade de cidades próximas a Santos de abrigar uma população permanente que certamente aumentará, porém concordar que isso se de sem que se leve em consideração a presaervação do meio ambiente é, na minha opinião, uma irresponsabilidade.
    parabéns pelo seu ótimo blog!!! sem duvida é um serviço essencial à sociedade.

  2. no fim das contas, é a cobra que morde o próprio rabo (espero): que novo-rico em sã consciência — uma contradição em termos — pagaria 7 milhões de reais por um apartamento em uma praia sem sol?

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