Vila Itororó precisa de uma solução completa: moradia adequada e preservação da história e da cultura locais

vilaitororo

As famílias que moram na Vila Itororó, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, correm o risco de serem despejadas a qualquer momento. Nesta terça-feira, 4, uma liminar judicial autorizou sua remoção. A Prefeitura está movendo um processo de desapropriação da vila para transformá-la em um centro cultural.

A Vila Itororó foi construída na década de 1920, pelo mestre de obras português Francisco de Castro, e tem grande valor histórico para cidade. Lá foi erguida a primeira residência particular com piscina em São Paulo. Na década de 90, o imóvel foi tombado e a fundação que era a proprietária abandonou o local. Os moradores, que pagavam aluguel para essa fundação, começaram a cuidar coletivamente do espaço.

A comunidade, preocupada com a ação de desapropriação da Prefeitura e sem ter para onde ir, entrou na Justiça pedindo a usucapião do local. Para isso, contaram com o apoio do Serviço de Assessoria Jurídica Universitária, dos alunos da Faculdade de Direito da USP (SAJU). Porém, nesta terça, uma liminar da 1ª Vara da Fazenda Pública autorizou a remoção das famílias, sem oferecer uma alternativa que garanta o direito à moradia dessas pessoas.

Em 2006, a Prefeitura chegou a cadastrar as famílias e sugeriu o Programa Carta de Crédito, da CDHU, que financia a aquisição de imóveis prontos com valores entre 20 e 40 mil reais. No entanto, os moradores dizem que apenas cinco das 71 famílias tinham renda suficiente para cumprir os requisitos desse programa.

A Vila Itororó está caindo aos pedaços e deve ser restaurada, com urgência. Mas dois pontos devem ser considerados nesse processo. O local é hoje um dos focos da vida cultural do Bixiga e isso precisa ser preservado. É fundamental que a atual riqueza cultural da vila seja levada em conta em qualquer projeto para aquele espaço.

E, antes que qualquer remoção seja levada a cabo pelo poder público, é imprescindível equacionar o destino dessas famílias. Elas devem ter assegurado seu direito à moradia. E isso não significa colocá-las em abrigos, mas garantir moradias adequadas, de preferência na própria região. Quanto mais diálogo e participação houver nesse processo, melhor será o resultado.

Saiba mais no blog da Vila Itororó.

Crédito da foto: Julio Fragata

21 comentários sobre “Vila Itororó precisa de uma solução completa: moradia adequada e preservação da história e da cultura locais

  1. A Vila Itororó é interessante não pela via da produção “culta” de arquitetura, justamente o oposto; então, sua requalificação bem poderia se justificar na manutenção do uso residencial – e ponto. Centros culturais e museus são bem vindos sempre, mas não podem ser a única ideia por trás das preservações e restauros de edificações de interesse para a história da cidade. Recuperar para habitar é sempre uma proposta interessante, seja na Vila Itororó, seja nos edifícios vazios espalhados por áreas centrais da cidade, em regiões já atendidas por infraestrutura urbana, inclusive transporte público.

  2. Luiz, concordo com todos os pontos que você colocou. Gostaria apenas de detalhar um pouco mais sobre a história de luta da Vila a partir do que eu sei. Sou calouro da São Francisco e é meu primeiro ano (semestre) fazendo parte do SAJU, e já sei como é difícil lutar pela garantia dos “direitos constitucionais” através da própria justiça. A nossa linha de ação é justamente atrasar o processo de desapropriação para que soluções mais dignas sejam encontradas no campo do debate político e da luta social. No Brasil, “o país do Estatuto da Cidade”, é muito difícil de se encontrar jurisprudências favoráveis a comunidades que lutaram por suas moradias, pois os tribunais não o colocam em prática em suas decisões. Então, do que adianta esse Estatuto se ele não “funciona” de maneira plena e nem garante um canal eficaz de debates entre o Poder Público e a sociedade que luta pelo seu direito de ter acesso a moradia digna?? Há alguns anos, um grupo de estudantes de arquitetura do Mackenzie (Projeto Mosaico) acompanhou a luta da Vila e, inclusive, bolou um projeto que daria para conciliar centro cultural e moradia no local, mas para quem nós apresentaríamos essa proposta se a prefeitura nega fazer qualquer reunião com a gente?? O secretário de cultura da cidade de São Paulo, Carlos Augusto Calil, deve uma série de reuniões (prometidas) à comunidade, além de não disponibilizar o projeto habitacional destinado às famílias e nem o próprio projeto do centro cultural!! Chego a pensar que nem eles mesmos saibam o que vão fazer com aquele espaço… Essa idéia de centro cultural é muito esquisita, pois ele terá que se adequar as divisões físicas (paredes separando quartos, banheiros…) do lugar, afinal esse patrimônio é tombado! Que tipo de reformas eles farão? Qual é o projeto? Enquanto faço essas perguntas, as famílias se perguntam o que será delas…

    Continuaremos com nossa luta, tanto na esfera jurídica quanto na política, ansiando moradias dignas não só para os moradores da vila itororó como para o povo!

  3. Reforçando as opiniões e comentários do Luiz e do Otávio:

    A AMAVila – Associação de Moradores e Amigos da Vila Itororó contou também com assessoria em arquitetura e urbanismo, do MOSAICO (Escritório Modelo da FAU-Mackenzie) e do VIDA ASSOCIADA (Grupo de Pesquisa em Habitação) que juntos e com apoio do também urbanista Nabil Bonduki, desenvolveram um levantamento das condições de habitabilidade e da densidade de moradores nas edificações da Vila (em 2006), e em seguida, elaboraram um projeto, alternativo ao da Prefeitura, que comprova – por meio de desenhos e números – a possibilidade de se manter os moradores integrados aos demais usos dentro daquela quadra. Assim, na hipótese de um diálogo justo, com tempo e com espaço para os moradores se manifestarem, este projeto poderia ser perfeitamente debatido. Questionaríamos então, os equívocos do “projeto” da PMSP, que na verdade são perspectivas feitas a mão, do mesmo autor das perspectivas da déc. de 70 e que não chegam a ser nem um ante-projeto, ou seja, não nos trazem diretrizes específicas, números e nem especificam os usos possíveis de cada edificação. Isto deixa clara a intenção de cumprir com a política urbana excludente da atual gestão.

    Além disso, vale ressaltar que, ainda em 2006, tivemos um debate aberto na FAU-Mackenzie (no qual os arquitetos Decio Tozzi e José Eduardo de Assis Lefèvre se recusaram a discutir com os moradores e estudantes presentes) e uma audiência pública na CMSP (também com a presença do Arq. Lefèvre, representando então a SMC, e de vereadores da Comissão de Política Urbana). Os dois encontros foram provas da impossibilidade de se dialogar com o Poder Público, e da atitude totalmente arrogante e anti-democrática por parte da Prefeitura.

    E finalizo, dizendo que o ERRO ESTRATÉGICO está no fato da Proposta de Recuperação Urbana da Vila Itororó estar na pasta da Secretaria de Cultura, e não da Secretaria de Habitação!

  4. Como presidente da associação de moradores e amigos da vila itororó “AMAVILA”agradeço a manifestação de apoio de vcs.Porem enquanto moradora dessa vila , ñ posso deixar de manisfestar minha indgnação perante mais este desmando do poder publico.Esta vila, que para muitos ñ passa de um amontoado de construção em ruinas, para mim e todos os demais moradores, significa lar , historia de vida.Ñão quero crer que isso tudo de uma hora para outra deixe de existir.Sei que , apesar da evidencias e da gana de pessoas sem o menor senso de justiça e escrupulos, nem tudo esta perdido
    Vou continuar a lutar ñ apenas para manter a historia da vila e sua magia , mais tambem e princialmente para manter minha dignidade

  5. Ótimo blog Raquel!
    Acabei de receber o link e estou correndo pelos posts.
    Sobre a Vila Itororó, uma vez fotografei-a para a Folha de SP justamente com a pauta de que o local viraria uma residência artística.
    O que é irônico, neste caso, é a cidade oferecer residência para artistas internacionais sem ter resolvido seus problemas de habitação para seus próprios!
    Um modelo de desenvolvimento econômico da área e conservação patrimonial deve ser implementado, porém com participação de seus residentes e não da forma piramidal como a prefeitura Kassab impõe sua despolítica.

  6. Tudo isso é muito bonito de ser lido , porque todos vocês não experimentam morar em frente a vila itororo?
    para ver se continuam com a mesma opinião , e de preferencia parem seus carros bem em frente a vila .

  7. Oi Otávio, tudo bom?
    É bom saber a opinião de um morador da região.
    Porém, ao menos para mim, não ficou clara sua crítica.
    O problema de morar em frente a Vila é qual, em sua opnião? Degradação de área, segurança?
    Costumam roubar carros em frente da vila? Os moradores roubam é isso que vc quer dizer?

  8. Oi , Leo caobelli , estaria sendo leviano se falasse de algum morador , só sei dos fatos , que na rua martiniano de carvalho em frente a vila é , pedir para ser roubado parar o carro ali , sempre que recebo visitas tenho que avisar elas , e a noite lá vira um lugar de facil acesso a drogas , e da janela é facil entender , pois quando a policia chega , é so entrar na escadaria , aonde carro não desce e pronto já era , pois da acesso a alça de acesso da 23 de maio , é obvio que existe todo apelo social em relação aos moradores da vila , mas como ficam os vizinhos da vila que veem seu patrimonio e seu sossegos ameaçados diariamente??? , .Não quis ofender a ninguem quando disse para morar em frente a vila , só convidei vocês a ter a experiencia que tenho diariamente . Infelizmente lá virou um cortiço de alta periculosidade , pela facilidade de fuga que oferece aos marginais .

  9. Ola Otavio.
    Sou Antonia Souza Candido, moradora da vila itororó ha 28 anos e presidente da AMAVILA”associação de moradores e amigos da vila itororó”por certo vc deve ser uma pessoa vivida e inteligente o suficiente para ñ tomar como referencia de violencia e insegurança o bairro em vive.
    Sou defensora ferrenha da retomada de nossa tranquilidade e segurança e ñ me refiro apenas ao bairro ou (vila) em que vivo, mais de uma cidade como todo, porem a cada dia me desencanto mais e mais pois gestos de preconceitos e acusações sem fundamentos ñ deixam de ser uma das formas mais dantesca de violencia.Não me parece correto julgar as pessoas tendo por referencias apenas seu endereço , pois pelo o que entendi somos vizinhos,ou seja:ñ ha nada que te diferencie dos demais moradores.Concordo com voce quando diz que a geografia da vila itororó facilita o acesso das pessoas e isso é uma das maiores preocupações dos seus moradores cuja a população na sua maioria são de crianças e idosos expostos a toda sorte de violencia (normais) de uma cidade como São Paulo, não sejamos levianos ou usemos de termos pejorativos para julgar um local ou pessoas apenas por sua aparencia, pois se assim o fosse deixariamos de apreciar a beleza e a suavidade de uma perola apenas por ter medo e nojo de tocar numa ostra.
    Fica aqui o meu convite, para que quando voce disponibilzar de tempo, assista uma das nossas reuniões e quem sabe assim se torne membro da nossa associação e traga suas ideias para tornarmos nosso bairro num lugar melhor

  10. Sr Otávio,
    Sou o Rener, secretário da Amavila e também morador da Vila itororó e vendo a maneira como você se refere a
    nossa comunidade, não poderia deixar de manifestar minha opinião em relação ao seu comentário, e em
    atenção especial a parte em que voce diz que “parar o carro ali em frente é pedir para ser roubado”, pois talvez
    eu esteja enganado em minha interpretação, mas parece haver aí indícios de um certo olhar generalizado e
    discriminatório em relação a nós moradores deste quadrilátero. Porém embora não o conheça, mas de acordo com suas afirmações, subentende-se que você deva ser uma destas pessoas que moram em frente a Vila, e que por estarem alheios aos problemas por nós enfrentados, em nada contribuem para a melhoria do bairro, além de ser meros inquisitores quando o assunto é a Vila itororó, como se as mazelas por você descritas fosse uma exclusividade desta área e não de nossa São Paulo inteira. Porém vale enfatizar a todos os visitantes deste blog que esta violência com a qual você nos trata, não é a única forma de manifestação de vocês moradores dos intornos, pois não raramente vocês depositam suas montanhas de entulhos, como móveis velhos e restos de suas eventuais reformas em frente a nossa Vila, reforçando ainda mais seus comentários! Ou seja, de que vocês nos veem realmente como lixo! Enfim, um olhar errôneo e generalizado. Porém ainda assim o convido a fazer parte de uma de nossas reuniões de moradores para perceber que a Vila itororó é composta por pessoas humildes de fato, mas que na grande maioria e porque não dizer na sua totalidade, são pessoas trabalhadoras e de boa índole e que tem preocupações não só com a Vila, mas também com todo o seu intorno e com os demais problemas e mazelas por você citados. Portanto novamente repito, se quiser visite-nos! não só você, mas como qualquer pessoa interessada em saber mais sobre a Vila itororó. Pois independente da visão que tenham sobre nós e este local, serão por nós bem recebidos…

  11. Ao ler esse post lembrei de uma fala que a sra pronunciou em público, e que me ficou na memória; era uma fala sobre a possibilidade de viver no centro, possibilidade essa muito mais conveniente, ao invés de se estar confinada a população às periferias (lugar em que deve viver os “desprivilegiados” e mal educados), cujos transportes que usufruem, pra além de serem projetados por quem não transita em coletivos, são projetados para cargas e não para gente.

    Pode ser que quem desenhe a estrutura urbana tal como ela é não usufrui dela, tal como usufrui a população que dela necessita. O direito à cidade não é de todos, é para poucos. As propagandas de expansão dos metrôs, trens, ônibus, e habitação são de uma enorme cara de pau. São propagandas que dizem para mim assim: “É a prefeitura cuidando melhor de você”. Como se eu não desse conta de enxeragar que reformas tais como a dos transportes estão sendo (mal) feitas; é como se eu não observasse os milhoões de pessoas que habitam às ruas em dinâmicas residências, é como se eu fosse esquecer na hora de votar que a vila itororó sofre com o descaso, etc e tal.

    Quer dizer: nesta dinâmica publicitária, a verba investida em publicidades parecem desleais, pois parecem querer comprar votos de antemão, uma vez que toda essa verba é a junção de impostos pagos por toda a sorte de gente; essa verba destinada à publicidade poderia e deveria ser revertida para fins emergentes.

    Dessa forma, favorecer esse jogo de cartas marcadas, neste enigmático tabuleiro de xadrez em que vive o paulistano, é ficar quieto, é sentir-se menor que uma peça pequena e inerte, tal como é a visão patrimonial do estado sobre o indivíduo.

    Então neste tabuleiro nebuloso, o paulistano aparenta ser uma peça inerte. Obrigados “democráticamente” à viver sob leis que regem vidas e idiossincrasias de maneira ditatorial e que podam biografias como um capitulo a mais da história perversamente colonial. Ideia essa totalmente fora do lugar.

  12. Raquel,
    adorei o blog, cheio de notícias e discussões extremamente necessárias nos dias atuais. Além disso, é bonito e bem organizado. Parabéns pela iniciativa.
    Beijos
    Celso

  13. Caro Otavio,
    Concordo com você nos pontos colocados. São totalmente factíveis e coerentes. Mas não adianta tentar argumentar, afinal o que vejo aqui é uma atitude totalmente persectória e incoerente.

    Em nenhum momento vi em seus somentários algum tipo de preconceito ou acusações em relação a alguem que more na Vial e sim a constatação que aquilo é o caos, e independente de quem fique por lá, deve a meu ver ser restaurada.

    Aos demais,
    Na minha visão, deveriam interpretar o texto de forma racional, sem deduções emocionais ou de ordem persecutória. Afinal o blog é para exposição do ponto de vista das pessoas em ambitos gerias. Cada um pensa de uma forma e devemos respeitar isso, livre de julgamentos. Ninguem comparou ninguem a lixo, pelo contrário , vi sim uma narrativa real dos fatos que ocorrem, independente de nominações pessoais.

  14. Engraçado, eu estou com dificuldade de encontrar imóveis no centro justamente porque náo tenho renda para a maioria dos imóveis que acho, de forma que vou ter que me contentar com o que posso pagar.

    Mas Sáo Paulo precisa ficar esperando anos para revitalizar um patrimönio importantíssimo desse porque as pessoas (muitas delas invasores de terreno) se recusar a ir morar em um lugar compatível com a sua renda.

    Estou começando a achar que o melhor mesmo é relaxar e aguardar os Julios Lancelottis da vida cuidarem de mim se eu táo-somente colocar um rótulo na cara: “excluido socialmente”

    • Denis,bom dia.
      pela sua narrativa vejo que vc tbm se recusa a encarar sua realidade em ter que morar em bairro compativel com sua renda.sugiro que vc entre em sites que contam a historia do lugar e se informe melhor, a revitalização do espaço ñ se da por intransigencia de seus moradores (que lutam por isso ha mais de 10 anos)e sim pelo descaso do poder publico (ñ sei se vc sabe mais o local é tombado pelo patrimonio historico)que prefere ver os espaços ruirem e assim terem argumentos para que tudo vire estacionamentos e parques e por tabela expulsem dos grandes centros pessoas como nós(eu e vc, ja que diz que sua renda ñ é compativel com o preço imobiliario do bairro)nos obrigando assim a se afastar do nosso local de trabalho e colegios, mais isso tbm ñ é nenhum problema pois temos um dos melhores transportes publicos do mundo,e o fluxo de transito flui livremente, ou seja ñ precisamos perder horas preciosas de descanso e lazer numa cidade caótica ñ é?reclamamos de barriga cheia. Que me desculpem os invejosos, os recalcados por ñ poderem morar num dos locais mais cobiçados do bairro,eu Antonia , moradora vou continuar lutando para ver esse espaço restaurado, reurbanizado e revitalizado em sua beleza unica e quem quiser que me siga a demais os incomodados que se mudem (ñ me importa para onde)

  15. Denis: sua problemática de morar no centro é também a problemática de muitos e ainda vai se agudizar com planos que tentan elevar o nivel adquisitivo dos moradores do centro, excluindo o resto da população. Se pensar seu problema não difere do problema dos moradores da vila, eles moram lá desde faz muito tempo (seria bom se informar da historia da vila, onde verá que eles não são invasores) e hj eles querem ser tirados como parte do mesmo programa que deixa vc fora da possibilidade de morar no centro. Eles são tão vitimas deste sistema como vc, então não se precipite nas suas conclusões e pense que so com união se terá habitação para toda a população, e não com discursos fragmentarios, isso é o que o poder quer, e vc esta contruibuindo para isso, sem pensar que vc tb será perjudicado.

  16. para refletir…

    “Primeiro levaram os comunistas,
    mas eu não me importei
    porque não era nada comigo.
    Em seguida levaram alguns operários,
    mas a mim isso não me afectou
    porque eu não sou operário.
    Depois, prenderam os sindicalistas,
    mas eu não me incomodei,
    porque nunca fui sindicalista.
    Logo a seguir, chegou a vez de alguns padres,
    mas como eu não sou religioso,
    também não liguei.
    Agora, levam-me a mim e quando percebi,
    já era tarde.”

    Bertold Bretch

  17. “Que me desculpem os invejosos, os recalcados por ñ poderem morar num dos locais mais cobiçados do bairro”..

    hahaha centro gastronômico já!!!

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